quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

tão inimiga de mim...



com as mãos estou escondendo
os olhos com que me vejo
sendo amada ou não sendo
o que vejo,
traz-me sentimento que não almejo
sem graça, nem formosura
tão inimiga de mim
a que vejo é uma tortura
que vai comigo até ao fim
para que não me diga a dor
que de vê-la fica louca
encubro os olhos melhor
e assim menos sou, menos estou
nesta vida que é já pouca.

mudaram-me minhas vontades
e é já vã a minha esperança
escondo-me em mim com saudades
e aceito qualquer mudança

e assim com as mãos escondendo
suspiro imaginando
que a outra, não sou eu morrendo
é meu coração de aço gritando.
deixei há muito a nascente
já no outro extremo estou
antes que a morte me atente
ou em tal desventura me veja
meu rosto emudece, menos sou,
menos estou...
quer Deus que assim seja.

natalia nuno
rosafogo





2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália

Venho desejar-te um natal com saúde paz alegria rodeada por todos os que te são queridos

Tudo de bom

O amigo de sempre

Beijinhos

orvalhos poesia disse...

Grata meu amigo, tudo bom para ti também

Beijinho