segunda-feira, 13 de agosto de 2012

urge-me a felicidade





olho os campos com melancolia
os ventos rasgam-me os pensamentos
o passado é agora utopia
doem-me no peito os sentimentos
conto as horas restos de vida
ecos nos sinos da igreja
descontentes pela despedida
de mais um dia chorado
sem que ninguém veja

prendem-me ainda à terra as raízes
com tremenda força e paixão
fácil inocência...dias felizes!
nítidos na lembrança como clarão

este é o meu sentir, o meu voar
até um outro tempo além
nada me fará desistir
neste jogo de perpectuar
a memória, e o meu voo também

urge-me a felicidade
antes que minhas asas percam movimento
me apresso, chega a mim a saudade
faroleira do meu coração e pensamento.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net

1 comentário:

Beijaflor disse...

Olá Natália

A felicidade urge sempre a toda a hora, coisa bela, mas fugidia!
De tanto a procurar, muitos já não sabem se é noite ou dia!
Por entre ruas ruelas calçadas gastas de pés neles andados
De gemidos gastos e abafados, vidas se desfazem aos bocados!

Feridas que podem durar e passear vidas inteiras
Que do tempo só encontram vendavais e poeiras
Palavras que queimam mais que a forja que as moldou!
Alma ardente viajando suspensa na claridade que a criou!

Coração que tudo cantas
Alegrias tristezas amores
Com todas elas nos encantas
Com alma desfeita, em lindas cores!

Beijos com carinho

Pétala