Sou uma árvore solitária
Sacudida p'lo vento
Surgem-me emoções nos descuidos
do pensamento.
Há no ar um odor almiscarado,
que me é familiar,
e que à noite me faz sonhar.
Louvado seja Deus! Louvado!
Encontro a eternidade
na luz que espelha p'la manhã
O olhar perdido na saudade
Á beira de morrer, que o tempo não
perdoa.
Hoje venha o que vier, deixo o coração
à toa!
Sinto saudade nem sei bem de quê!
Nem sei de onde ela me vem
Saudade que só o meu olhar vê
E sabe de quê e de quem!
Sou àrvore erma como os versos
que vou fazendo.
Que em troca não pede nada
Por aqui nos vamos perdendo
Eu e eles numa prece desfolhada.
Que mais posso andar? Cançei!
É tarde, muito tarde...
Quebrou-se o encanto.
Agora que cheguei?!
Quedo o olhar e o pranto
Definho na saudade.
natalia nuno
rosafogo
imagem da net
5 comentários:
Olá Natália
Uma alma não pode morrer
Mesmo que nela exista dor
Enquanto nas veias correr
O sangue que nutre o amor
A vida só apaga e se esvai
Quando dela se desiste
Ela sozinha não vai
Só se estiver muito triste
Mas tristeza é combatida
Abrindo gavetas de tesouro
Escolhendo as que deram vida
Contidas nesse coração d’Ouro
Velhos serão os trapos
Nem eles sabem o que é
A vida pode dar sopapos
Mas as árvores morrem de pé…
Beijo
Pétala.
Olá Natália
Entrei apenas para dizer que tenho uma publicação tua anunciada no meu blog. SEM TITULO, mas o certo é que não o encontro publicado.
Beijo
Olá João
Mais uma vez quero agradecer-te a forma como comentaste o meu «MOMENTOS», É SEMPRE UMA BOA SURPRESA!
Fantásticas as tuas rimas, quero parabenizar-te de novo, não é fácil para qualquer um.
No teu segundo comentário não percebi, já fui espreitar ao teu Beija Flor e não vi nada meu, mas podes colocar se for esse o teu desejo.
Beijo, fica bem.
Olá Natália
Agradeço toda a tua gentileza mas creio não ser merecedor de tanto. Não só em relação às palavras que deixas, mas, e, também, por publicares os meus comentários.
Beijo
A publicação de que falei é esta. Deixo em separado no caso de ser para apagar.
Sem título
Natalia Nuno em ORVALHOS-POESIA - Há 1 dia
Durmo sobre a morte Vivo um eterno desafio! Cada dia é um dia de sorte E assim se esvai a vida em rodopio. Um dia azul, um dia cinzento Tudo parece e, logo nada é! Há noites de insónia sem alento Tudo é ilusão, resta-me a fé. Há palavras mortas e o mundo às escuras Atónita no tempo faço oração Abrem-se as portas do meu coração. à saudade enternecida, que não domino e é mais forte do que eu E fico no céu ainda em vida. E assim a tristeza se compromete Abalam as horas cinzentas, sombrias E a morte comigo não se mete E sobre ela vou vivendo meus dias. natalia nuno rosafogo imagem dsa net... mais »
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