terça-feira, 2 de agosto de 2011

SOLITÁRIA E OCA



O mais doce que a vida tem
É o porto de abrigo onde aporto
Mundo despovoado, eu e mais ninguém
Solitária e oca
Pouco me importo!
Eu preciso de mais sonho
e terra...pouca.
No meu pulsar constante
Sigo adiante
Ora frágil, ora forte.
Vivo de quando em quando
Ora caminho com norte
ora sem rumo vou caminhando.

Como o amor que se deseja
e não se alcança?
Assim é a vida que me cansa.
Assim a lonjura me leva p'la mão
Assim, endurece meu coração

Por isso não olhem com desdém
a sombra que assolou o meu rosto
Esquecida de mim...sou ninguém
Sou entardecer, sou sol-posto!
Sou maduro sentido de viver
Tropeço, caio e levanto
Aproxima-se de mim de novo o querer
A ele me agarro e de novo canto.
E sou criança correndo
Em plenitude e alvoroço
Sou de novo jovem chama
Ouço a terra, o mar, tudo ouço
Sou corpo e desejo de quem ama.

rosafogo
natalia nuno

imagem-blog para decoupage

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Parabéns pela boa poesia que fazes.
Beijo.