quinta-feira, 14 de abril de 2011

PARA TI



O que resta de ti e de mim
É esta recordação que não acaba
Fogo posto a arder sem fim!
Quando o fim sobre nós desaba.
Como uma guerra que se ganha
Neste Outono, quase perdido
Resta a saudade que é tamanha!
Da lembrança do amor vivido.

Morre-se a cada instante
Até nos abraços que trocamos
Mas o teu fogo já distante
Ainda me acende quando nos amamos.
Sonhámos sempre com o dia seguinte
Como se o presente não nos bastasse
Pedindo amor, como roga esmola, um pedinte
Como se o sonho do tempo nos libertasse.

Tu, és ainda a minha paragem
E eu o tecto, onde tu te abrigas
Rendidos ao amor nesta viagem
São para ti minhas palavras amigas.
Vamos sair à rua de mãos dadas!
Pondo um final feliz na nossa história
Esquecemos as rugas, já vincadas
Numa entrega de amor igual ao da memória.

rosafogo
natalia nuno
poema do ano 2001

imagem do blog-imagens para decoupage

2 comentários:

Avozita disse...

Um amor de poema, no amor daa vida.

Também no amor és poeta.
Beijo

orvalhos poesia disse...

Velhinho este, dos tais que estão arquivados.
Afinal tenho uns quantos que irei colocar aqui, não são muito bonitos, mas são meus, a gente sempre gosta mais duns que de outros.

Beijo grata por teres vindo.