domingo, 20 de março de 2011

LUTA RENHIDA


Não fiz as pazes com a vida
Nem com a alegria de viver
Da vida me sinto banida
Perdida num sítio qualquer.
E há um rumor atroz
Que corre como um boato
Deixa-me a vida feita em nós
Que não ato nem desato.

Faz-me reviver as memórias
Lembro passos apressados
Já poucas são as histórias
Hoje os passos estão parados
A cabeça continua erguida
Meus olhos são dois soldados,
caídos.
Após uma luta renhida?!
Por terra os sonhos mal paridos.

Resta uma esperança cega
E uma bala no peito
Uma dor negra que se nega
A sair de qualquer jeito.

Estas palavras
não servem para ninguém
Apenas para disfarçar sentimentos
A vida já vai aquém
E só me oferece acontecimentos.
Trago a saudade
Num altar no peito a arder
Saudade da mocidade
Única felicidade!
Única a não esquecer.

rosafogo
natalia nuno
imagem retirada-blor imagens para
decoupage

4 comentários:

Runa disse...

A vida é uma luta renhida que aos poucos vamos perdendo, vergados pelo cansaço e pelo desalento que se acumula na sucessão mórbida dos dias...

Bom fim-de-semana

Runa

Unknown disse...

Porque a vida passou antes que pudéssemos viver.

Beijo.

orvalhos poesia disse...

É Runa a vida é mesmo caprichosa, e nós estouvados, nem sempre aproveitando o que ela nos dá, e assim passa rápidamente.

Boa semana amigo, grata pela visita.

Abraço

orvalhos poesia disse...

Passa ela por nós e nós por ela, a maior parte do tempo pensando que ela não se acaba, adiando
isto e aquilo e depois vimos que perdemos a hipotese, já é tarde.Tens razão quando nos está a saber bem e a procurarmos disfrutar, apercebemo-nos que despertámos quase ao final.

Obrigado Manuel
Um beijo, fica bem.