quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

NO VAZIO DE MIM












NO VAZIO DE MIM

Hoje o sonho me foge
Já não lhe apanho o passo
No vazio  de mim
Me faço e desfaço.
O sonho me foge hoje
E eu me volto a rasgar!
Perco da vida a cor
Sem esperança pra queimar.
Meu coração sem calor.

Não há cheio, nem vazio
Só uma saudade presente
Que corre em mim como umrio
Numa incontida torrente.

Não há nada nem ninguém
Este sonho passa voando
Tempo meu ficou aquém!?
Já nem dele estou lembrando.
Nesta estação já sem folhas
Sou àrvore de algum dia
Tão quase nada... poeira
Sou um livro que desfolhas
Minha vida e companheira.

Pássaro saido do ninho
Seduzido p'lo chilreio
Deixo-me à beira do caminho
Meu sonho a mais de meio.
Já há muito estou de pé
Já o tempo me faz medo
Mas não gastei minha fé
Coração a Deus concedo.

rosafogo

1 comentário:

FlorAlpina disse...

Olá Natália,
No vazio de si, existe sempre um belo poema!

Bjs dos Alpes