palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
AOS OLHOS DO POEMA
AOS OLHOS DO POEMA
Ah...se eu fosse pequenina
No cabelo punha um laço!
E neste verso, bem traquina,
Daria à saudade um abraço.
Criança tem infinita graça!
Ora sorri ora chora...
Quer lá saber da desgraça!?
Se tem beijo e carinho na hora.
Tráz o sonho todo inteirinho
De ser grande algum dia!?
Mal sabe que está tão pertinho
Que o tempo passa rápido e angustia.
Ah...se eu fosse pequenina
Tal como as nuvens seria inquieta
Até me imagino ladina
Borrando o céu de azul,
com pincel de poeta.
Nas estrelas um poema de saudade
Com alicerces de esperança
E com ternura e simplicidade
Oferecia ao Sol meu bibe de criança.
Queria andar de pé descalço p'lo chão
Prender-me ao salgueiro, atirar-me à agua
Ah...este meu delírio é como botão
umbilical, que me prende ao passado com mágoa.
Este poema não tem pés nem cabeça
Nem a minha vontade suspeita de nada
Fi-lo em segredo, à poesia fiz promessa!
De ser menina, aos seus olhos dada.
Neste poema deixo a ternura que me sobra
Palavras de formosura deixo estremecidamente
Palavras simples com que ergo minha obra
E abraço cada palavra comovidamente.
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2 comentários:
Minha querida
O teu poema fez-me voltar a ser menina...mas mesmo com esta idade havemos de ter sempre no peito a criança que um dia fomos.
Deixo o meu beijinho
Sonhadora
Aos olhos do poema, podemos ser sempre aquilo que quisermos e regressar, numa vertigem enfeitiçada, àquilo que de mais precioso perdemos: a nossa infância.
Grande beijo
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