segunda-feira, 16 de março de 2020

ttempo de solidão...que atravessamos



desaba um abismo de solidão
vejo céus de prata, nuvens em rebanho
fecham-se já meus olhos, é escuridão
e o poder do silêncio se acerca do coração
nas minhas veias corre um rio estranho
surdos meus ouvidos, canções apagadas
escolhos desta vida, desta vez tamanho!
dedos que eram esperança, sonhos quebrados
já distantes, pensamentos desabitados.

mas uma sede de esperança me arrebata
fecham-se meus olhos, nuvens em rebanho
em completa escuridão vejo céus de prata
a vida assim passa. dando saltos
e grandes males aparecem fazendo assaltos
vou chorando quando ninguém me vê
mas nos meus olhos lê-se
que o coração ainda crê, que tudo vai findar
e uma luz brilhante, o céu à terra virá
de novo mostrar.

natalia nuno
o mundo aterrorizado com o vírus, uma luta difícil de travar, resta-nos
a fé e a esperança.


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