quarta-feira, 2 de março de 2022

fruto dos meus silêncios...



já não choro devagarinho
já não é segredo meu chorar
o choro na garganta segue caminho
fica a dor no peito a rasgar,
o que digo e desdigo
o que nos versos lamento,
deu-me a vida por castigo
trazer de amor o coração sedento,
meus queixumes são saudade
são dor que ainda não domino
do fogo aceso da felicidade
que ao relembrar, dói quando termino.
nesta febre que sempre dura,
há tanto tempo por resolver
procuro a paz e a ternura, 
na memória, fonte onde vou beber.

natalia nuno
rosafogo