quinta-feira, 2 de maio de 2013

solfejam andorinhas


anda o coração assolado p'lo vento
minha alma enfeitada de solidão
a voz campainha de porta avariada
lamento, vazio,
ao alcance da mão
quase nada...

é assim que me vejo
soprada p'lo vento norte
prossigo calada
com medo do tempo
e da morte.

solfejam andorinhas
vêm vestidas de negro
óh saudade onde ando perdida!
fincada no coração em segredo.
palavras minhas
que habitam da minha alma
o chão,
lembranças minhas
que são minha condição.

natalia nuno
rosafogo
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