domingo, 4 de agosto de 2024

a vida por um fio...



esqueci de como eram livres 
as águas do rio
esqueci que as ramagens
davam sombra
esqueci a harmonia ardente
da tarde
trago a vida por um fio
trago fé, que a primeira estrela
da noite me aguarde

fiquei de asas estendidas
entre dois mundos
o passado e o presente
duas realidades diferentes
vividas...

esqueci o despertar da rapariga
esqueci as borboletas
beijando as flores,
a cantiga antiga
e até velhos amores

esqueci o pássaro que canta
do ramo mais alto,
esqueci a nuvem coroando o monte
sou uma sombra em sobressalto
vento de outono no horizonte

esqueci a plenitude azul
das águas do mar
esqueci até o verbo amar.

natalia  nuno
homenagem à minha prima
amiga, que presentemente
não me conhece.

imagem do pinterest


1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

esqueci a plenitude azul
das águas do mar
esqueci até o verbo amar.

Boa noite de domingo, querida amiga Natália!
Os versos acima são de uma tristeza imensa. Se nos esquecemos das belezas da visa, todo é triste ao nosso redor.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos