terça-feira, 13 de setembro de 2022

abri a janela ao dia...



o tempo é de poucas alegrias
ou de poucas eu me lembro,
foram alegres os dias
d'outro Agosto, d'outro Setembro
abro as janelas às estrelas
para ver se alguma cai, 
imagino-me a falar com elas
do tempo, que mal vai.
falaram-me então do sol
mas da chuva nem sinal
e sem ela o girassol
morre de sede é fatal.
reclama a terra, maresia,
e orvalho pela manhã
abri a janela ao dia
minha esperança morre vã.

segue o mundo  desvairado
guerra, seca, falta de pão
o ser humano desumanizado
matando irmãos, sem razão!

está na hora de acordar
os sonhos trazer de novo à vida
voltar a desejar, a amar,
deixar a brutalidade esquecida.

natalia nuno
rosafogo




4 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Querida amiga Natália, bom dia!
Deixar a brutalidade esquecida...
Que maravilha de verso!
Quando abrimos a janela do nosso 💙, tornamo-nos dóceis e as delicadezas nos cercam.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
💐😘

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida...Que o sonho esteja sempre contigo. Deixamos de viver quando deixamos de sonhar. Adorei como sempre. Um beijinho

orvalhos poesia disse...

Grata querida Rosélia, desejo-te óptima semana

beijinho, saúde.

orvalhos poesia disse...

Olá Rosa Maria, fico grata pela tua presença e apreço.
Coisas simples vou escrevendo, agora mais espaçadamente por causa da vista, ando menos por aqui.

Beijinho oxalá estejas bem, boa semana.