domingo, 5 de janeiro de 2020

agarro-me à noite...


voou-me o brilho
há agora um desajuste
e uma memória que se apaga
agarro-me à noite, pedindo-lhe
que não me assuste,
ela me afaga
até surgir a madrugada,
povoa-me a memória de recordações
e o coração fica aberto ao sabor
da saudade, e sinto borboletas
as mesmas de quando encontrei o amor.
aquieto-me mais, deixo-me inundar
de felicidade...deixo entrar a saudade.

embaciado de alegria, fica -me o dia
deito o silêncio para trás e canto,
canto com alegria
o sonho acumula-se no meu mar
onde os pássaros sempre acabam por pousar,
sorrio até esquecer da face que envelheceu
entre a saudade e o sonho, o céu.
passam ventos trazendo das mimosas
o odor, recolho-me lembrando
nosso amor.

sinto-me a correr para o horizonte
entre flores e campainhas
atravesso a ponte
fico do outro lado, dejá vu
saudades minhas...a saudade és tu!

natalia nuno
rosafogo




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