quinta-feira, 4 de setembro de 2025

poema por acabar...

 


olho a doçura deste azul celeste
devolve-me a ternura de viver
perco o medo de morrer!
carrego a tristeza 
palavras em vão
depressa escurece meu coração

escrevo poemas de monotonia
sofredora, escrevo por aí fora
seja noite ou dia,
seja qual fôr a hora!

é assim que eu os sinto
nas veias 
e desfaleço num silêncio absoluto
e ainda que não os leias
meu coração impõe-se, com ele luto,

minhas mãos numa queda a pique
é pouca ainda a luz da madrugada
e o poema quer que fique!

foge-me a inspiração
fica o poema numa desordem delicada
fica tudo do avesso
o coração dentro das paredes
a estoirar
luz à imaginação peço
para o poema acabar.



natalia nuno
imagem pinterest






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