segunda-feira, 14 de abril de 2025

que faria eu sem o sonho?...

por detrás dos vidros molhados
ouve-se o eco do vento
e a solidão que a nada se compara
o bulir gritante da folhagem
em lamento
e a minha muda imagem

violenta-me o corpo sem sono
a chuva torrencial cai
meus sonhos empobrecidos
meu rosto frio, museu,
da garganta nem um ai!

faço das  palavras meu sonho,
um sonhar de juventude
abro a mente à claridade
depressa existo
- entre a tristeza
e a felicidade.

natalía nuno






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