procuro por entre as sombras
que são aliadas do meu desalento,
um rumo,
para não cair no desconhecido
no nada, sem sentido
não posso enterrar o momento
que ainda me pertence
nem o consolo que ainda me conforta
entorpecida a vida,
ainda a morte não vence
mas, o desconsolo por vezes
me põe morta
tudo o que a vida me deu
com o tempo foi-se perdendo
ou, quase tudo se perdeu!
ficou por detrás dum véu de bruma
como um sonho distante,
feito espuma,
meta impossível de alcançar
procuro claridade onde pousar
com um escondido resto de esperança
vou até ao esquecimento desbravar
os sonhos, que ainda por mim
parecem esperar.
natalia nuno
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