as palavras seguem seu rumo
como água
procuram o rumor da tempestade
na ânsia de chegar ao mar
levam com elas a saudade
e não se deixam aprisionar
há palavras que são recordação
das nossas sensações
vestidas de insondável doçura,
seguem vestidas de lamentações
ou de violência dura
há palavras quando a solidão
é maior
faz-me companhia uma breve dor
às vezes «un je ne sais pas qua»
que me traz um alívio ligeiro
logo a saudade em chega primeiro
há palavras quando a sorte
nos abandona,
também quando ela nos corteja
vai-se escapando a vida, e assoma
a morte que nos beija
as palavras dormem em mim
em sossegado esquecimento
vão ouvindo os caminhos do vento
trazendo-me à alma o aroma do jasmim.
natalia nuno
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1 comentário:
Olá, querida amiga Natália!
Suas palavras são poemas libertos.por amor.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos fraternos
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