abro as gavetas às escondidas, meus dedos leves dedilham memórias, e enternecida recolho palavras debaixo da língua cheias de saudades de tudo que só eu sei...saudades tão grandes que não cabem no peito, respiro fundo e sinto o coração a bater, cada lembrança faz ninho em meus olhos e cura-me da solidão... vim voando desde a Primavera, até que o Inverno me tocou, e poisei no chão da desilusão, morreu-me o tempo dos sonhos, despi-me de papoilas, vesti violetas, esfacelei o riso e agasalhei a saudade que é na verdade a giesta que desembacia a poeira do meu dia...
natalia nuno
Obrigada a todos, estes pedacinhos de escrita, são poemas escritos pelo caminho que ficaram apenas no papel, de quando em quando encontro um ou outro e vou passando para um blog meu «palpável silêncio», que nunca dei a conhecer e onde todos os poemas são assim pequenas formas de querer dizer muito. Bjs
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