a saudade senta-se
na soleira da porta
esperei por ela desde a primeira
estrela
debruçada na janela, a vê-la
cansada, chegar quase morta.
trouxe-me as emoções
do costume
que me enternecem,
lembrando tempo das ilusões
como se magoar-me quisessem
vi-me criança a crescer
com sonhos pendurados
na lua
até o dia nascer
sonhos que ficaram
por lá sem me aperceber
nas asas dum tentilhão,
que hoje ainda canta
na minha solidão
e a noite demora-se
na minha cabeça
até as acácias darem flor,
no silêncio a saudade
a curar a minha dor!
sempre sentada na soleira
da porta
a cada dia dói mais
a saudade e eu quase morta
neste poema sem poesia
falhei como criadora
hoje em mim a nostalgia
porque a saudade foi embora
natalia nuno
imagem pinterest
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