adormece a tarde
e o sol cansado, descansa
no horizonte,
no ar um reino de aromas
e eu sem palavras de esperança
nesta selva dos dias
onde só o vento dança
sem qualquer promessa
tudo é em vão
nem a paz se apressa,
delapidou a esperança
em meu coração
se houvesse um brilho
que abrisse este dia cinzento
da sua monotonia,
talvez descobrisse
a palidez do meu rosto,
e levasse dele toda a nostalgia
aflijo-me agora
vou até onde me leva a obscuridade
no vazio da hora
onde o sonho se esfuma,
e surge a realidade
o tempo é escasso,
seca-me a idade sem tréguas,
lembro o abraço, e o refúgio
onde havia doçura
o que um dia foi, o tempo perfura,
rasga, sem dó nem piedade
comovido o olhar,
e num esforço palpitante,
sigo caminho
esqueço,
quero a solidão distante.
natalia nuno
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