sábado, 2 de dezembro de 2023

queimando meu olhar longínquo



as nuvens andam embaciadas
o tempo cinzento
chega o negro das noites desoladas
tudo é incerteza e escuridão

e eu sem alento!

a memória atravessa recordações
meu corpo são ribeiros de veias
espelhando os meus segredos,
vou desnascendo as ilusões
caio na fronteira dos meus medos.

hoje sou uma tela derrotada
sou perdida paisagem sem remédio
tudo é incerteza e tédio, 
na escuridão
levo extenuado o coração.

ávida a vida se evade
eu arauta do silêncio, ouço
o eco insistente da saudade!

natalia nuno
rosafogo



3 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Bom domingo de Paz, querida amiga Natália!
Quando se queima em poesia o que lhe vai na alma, vive-se um pouco menos só...
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho fraterno

Cidália Ferreira disse...

Que poema maravilhoso LINDO!
.
Sinto-me no caminho da convicção...

Beijos e um ótimo fim de semana.🌲

orvalhos poesia disse...

Obrigada amigas, tenho tido dificuldade em vir ao Blog pois a parte dos comentários estava-me vedada por um vírus, não sei se não voltará.
Hoje a insónia fez-me levantar às 4 da manhã e foi bom pois vim ao pc, e consegui entrar e agradecer-vos.
Bom domingo
Beijinhos.