domingo, 10 de julho de 2022

pedaços de mim...



quantas vezes senti a escuridão
a envelhecer-me o rosto, 
pouco a pouco
nas lentas horas que o relógio anuncia
com insensibilidade e altivez,
como foi possível o silêncio que se fez
na vida, dia após dia?!
e este amor que me prende a garganta,
que é água pura como gotas de orvalho,
trouxe-nos felicidade tanta, tanta.
que em nós alguma restou viva.
neste nosso olhar alguma coisa existe,
no coração uma cega pulsação
e o amor persiste.
olho-te com angústia e incerteza
sinto tristeza,
mas sinto um despertar de esperança,
que a luz chegue ao nosso anoitecer,

clara e luminosa, como a soltar-nos o sonho,
então posso dizer-te
da minha experiência repetida, acredito,
que  a vida sempre recomponho.

natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Poema lindíssimo que me fascinou ler. O meu elogio.
Feliz domingo

Gracita disse...

Olá amiga Natália
No final sempre nos recompomos em nome do amor
Um poema magistral minha querida
Beijinhos

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de nova semana, querida amiga Natália!
A certeza de que nos recompomos com o decorrer dos dias nos dá esperança de dias melhores e mais fortalecidos.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
😘🕊️💙💐

Graça Pires disse...

É sempre o amor que dá a luz ao nosso anoitecer. Que poema belo e tão delicado!
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.