quarta-feira, 19 de junho de 2019

ao fim do dia...



para me olvidar dos cansaços, pego nos sonhos que restam em mim, sossego nos versos em silêncio antes do dia deixar de ser dia,  lembro a infância ao longe, e ainda que me sinta nua de palavras, ficarei apenas a olhar o sol-pôr vermelho alaranjado, a ouvir o rio que corre sem pressas, o som de cada gota de chuva que cai na terra abençoada, e o meu sentir será de bem estar...tontices estes meus sonhos quando o silêncio é pesado e as lembranças surgem em tropel. são os sonhos que sustentam este meu apego ao passado onde me aninho, onde consigo voar pelos campos, nas searas de trigo e então ateia-se no olhar um brilho desmedido, que havia perdido... em desafogo fica a alma e o coração, a esperança se move de novo e volto a acreditar no sonho, no sentir das minhas madrugadas...o silêncio toca o meu deserto, pedaços da vida surgem diante dos meus olhos

natalia nuno

2 comentários:

Beijaflor disse...


Olá Natália

Ler-te, Natália, é como estar a ouvir uma orquestra onde se consegue diferenciar a nota musical de cada um dos instrumentos coordenados pela tua batuta de maestrina! Tuas letras feitas músicas voarão e entoarão em todos os amantes da poesia!

Tudo de bom para ti e os teus

Beijinhos do amigo de sempre




orvalhos poesia disse...

Olá meu querido amigo

Tuas palavras também são estrelas no meu céu, mas não sei se a poesia voará tão longe e cantará na distância ou se ficará nas sombras silenciosa. De qualquer modo há um sol visível nos meus olhos quando te encontro, e me inundo de alegria com as palavras amigas que me deixas os meus poemas também se sentem frutos ardentes, estremecidos pelo teu carinho.

Grata João, bom ter-te encontrado aqui, desejo que estejas bem e que sejas muito feliz.

beijinhos, bom fim de semana.