quarta-feira, 18 de abril de 2012

HÁ UMA LÁGRIMA QUE SECO














Há uma lágrima que seco.
Angústia que só o coração conhece,
e no peito faz eco,
dum bater que esmorece.
Na lembrança de cada beijo,
o tempo retrocede como por magia.
O amor atinge o cume,
e o desejo.
E a dor no peito se abrevia.

O tempo é uma infinidade,
tempo sem medida...
Enorme nostalgia é a saudade
Que é no peito, ora um sol,
ora uma ferida.
Agonizam as minhas mãos de
cegueira,
a tremer de acarinhar o nada.
Repousam da canseira,
são sombra duma vida desfolhada.

Minha solidão se multiplica,
como pássaros em bando.
É a sorte que dita
o destino que não comando.
Brinda-me a vida com mais um dia,
e o sol vem até mim feito ternura,
numa cândida doçura,
a reconfortar minha solitária nostalgia.
E meus olhos prometem sorrir!
Serena-se meu rosto, preciso sentir,
que a vida não está de partida.
Que depois de tanta lida
A sinto ainda de chegada!

Pois sempre que a noite vai,
vem a alvorada.

rosafogo
natalia nuno
imagem da net.

2 comentários:

Unknown disse...

"As lágrimas são o sangue da alma."

Beijo.

orvalhos poesia disse...

Mas também são um bálsamo para a alma.
Obrigada Manuel pela visita.
bjs. meus amigo, fica bem.