avisto as ondas do centeio
dançando ao vento
com arrebatada sensualidade
numa felicidade que incendeia
a vida
o gotejar da fonte,
como doce cansaço,
gotejando a compasso
com a vida me reconcilia,
adormecida na almofada
na fronteira da noite o dia,
aspiro pela madrugada!
em mim um frio fino
atravessa-me a pele,
guardo na memória
as manhãs a saber a fruta
a abelha que colhe o mel
água do rio no açude em luta
magia com sabor a aurora
colho esperança na hora!
- uma nova luz a brilhar!
um voo de gaivotas em ansiedade
sonhos que se enovelam
na minha saudade
vejo-me percorrer o firmamento com o olhar
pelas tardes d' ocres de âmbar
e fogo
navegando nas alturas
e logo,
toda a terra com dádivas de cores
- e amores!
neste dia que é de Outono
com brisa, trinados e nostalgia
chega a mim como uma profecia
natalia nuno
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