onde os pequenos instantes?
o riso, o amor, as sensações
não posso fugir, deixá-los distantes
agora q' me habitam as confusões
os olhos choram sem saber
porquê,
o rosto com expressão de enforcado
pra quê, porque choram porquê?
por sonhos perdidos,
tão perdidos, mesmo que perto de mim
terem ficado
molhando o peito o pranto, sempre
o pranto
desce até à alma, à profundidade
ao encontro de todos meus sentidos
até
que tropeçarem deixando-me na saudade
preciso dum abraço
duma blusa colorida
perder-me entre sonhos e realidade
trazer o brilho nos olhos
pois viver só de saudade
tornou-se lugar incerto, quero vida
sentir do coração a batida forte
já que ronda a qualquer hora a morte
as palavras já me abandonam
e assim vou sucumbindo
trago na memória, inventada,
sonhada, uma outra caminhada
vou seguir, sorrir, vou prosseguindo.
natalia nuno
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