quinta-feira, 11 de agosto de 2022

a esperança já pouco me aquece a mão que escreve...



a esperança já pouco me aquece a mão que escreve, as palavras ficam na fronteira da solidão, e eu respiro devagarinho para não me perder p´lo caminho... vou olhando dentro de mim, procurando sonhos de vela acesa, já não tenho a certeza se a minha pele era de marfim, vem-me o desejo romântico de voltar atrás, cerro os olhos e por momentos sou capaz, estranha fantasia, quantos anos passados, escritos alguns versos de pouca valia, e vem-me à lembrança o pulsar do tempo, a aceitação da vida, tudo o que me traz saudade, as noites de luar que me faziam sonhar, as folhas rasuradas com palavras de amor bordadas, nesse tempo em que o amor era chama, canto e desencanto, tempo sem prazo que prometia ser eterno por acaso... entre mim e estes anos há memórias de cristal, que durarão pra sempre, de pedra e cal, a suavizar os meus dias...
natalia nuno

2 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Natália!
Vir aqui é me ver retratada em seus lindos, profundos e verdadeiros escritos.
A esperança está de pavio curto num mundo tão desumano, mas ainda pode subir sua luz com o Poder divino. Eu creio que seja o único caminho
Que a suavidade inunde seus dias de tida paz que merece, Amiga!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
😘🕊️💙💐

orvalhos poesia disse...

Bom encontrar-te aqui amiga, fico sempre menos ansiada quando leio as tuas palavras, sabes que por vezes me torno descrente, por tanta maldade que existe, fico muito fechada em mim, sem vontade alguma, tento reagir e vou andando conforme Deus quer. Desejo ardorosamente que tenhas um resto de dia feliz, és uma querida, tenho pena de colaborar mais contigo, mas a saúde também não tem ajudado. Melhores dias virão! Será possível?

Um grande beijinho