às vezes o poema vem chamar-me baixinho, volta e meia dá-me a mão e ali ficamos a olhar o firmamento e a ouvir as folhas a cair, esvoaçando entre minhas angústias e o vento, depois o definitivo anoitecer, e o poema continua o chamamento, louco, sem fim, sufocando em memórias de mim, resta um pouco de felicidade por tecer, coisas pequenas, lembranças, saudades...agora que estamos em sintonia, e a lua já vai enfraquecida, debruço-me sobre a folha branca com palavra colorida, sorridente, que a vida merece outro poema, vou escrever docemente, dou um golpe na melancolia que me persegue amargamente...e deixo a escorrer os espinhos que me fazem sofrer...
nnuno
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