quinta-feira, 21 de agosto de 2025

o verso...


escrevo este verso
faz de conta que não sou eu
há coisas que a gente não perdoa
e ele é filho,
- que não me reconheceu!

foi à vida
sem despedida,
vou aguentar quanto puder
vou deixá-lo carpir,
e quando tempo houver
talvez interrompa o poema
para o  verso ouvir

ele é meu por direito
é a minha face no espelho
fala de saudade e nostalgia
e tal como eu está velho!

veste a minha pele 
como outros tantos
há os que são de mel,
e os outros de desencantos

são filhos na saudade parados
no silêncio, paridos sem poesia,
porém ansiosos que eu os liberte
um dia.
- como velhos achados!

natalia nuno
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