ORVALHOS POESIA
palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sexta-feira, 28 de março de 2025
o pulsar do tempo...
terça-feira, 25 de março de 2025
o céu que avisto da minha janela...
Estende-se a noite dentro dos meus olhos, desencadeia-se um mar de saudade lembrando sonhos remotos, há nevoeiros caídos no coração e chove nele com obstinação, impedindo o sol que brilhava. A noite deixou de ser constelada, fico desmemoriada e inquieta até que o tempo se encha de ar, cheirando a alecrim, da terra de onde vim, distante, mas ainda lhe ouço os trinados dos pássaros, o coaxar das rãs, e a voz do vento entrando pela chaminé, apagando a candeia. Tudo recordo na quietude da noite com uma lágrima que se detém no rosto, enquanto as sombras das ramagens se unem aos meus pensamentos.
natalia nuno
domingo, 23 de março de 2025
o poeta e sua loucura...
sexta-feira, 21 de março de 2025
o céu que avisto da minha janela...
quinta-feira, 20 de março de 2025
o céu visto da minha janela..
O vento cansado, envelhecido e perturbado, cruzou a noite perdido até de madrugada, tão perdido como eu, que te procuro por lugares estranhos onde nunca estive, o coração sonha e bate agudíssimo e o sonho se desfaz na luz caída da tarde. Palavras ao acaso, e esta paixão a única verdade que me sustém, às vezes estendem-se as lembranças por toda a memória, como uma maldição, outras vezes solitárias não me deixam ficar só e sorrio porque me é grato recordar. Longe dos sonhos, sinto o pulsar do tempo, e o corpo derrubado pelo peso constante dos dias extintos, uma sombra de nostalgia fica entre nós, mas com a mesma veemência continuamos a querer-nos.
natalia nuno
terça-feira, 18 de março de 2025
o céu visto da minha janela...
Todo o dia o Sol se despede da minha janela para uma longa viagem deixa rastos de saudade, como se fossem velas acesas quando me disponho a pôr a mesa, e assim se repete quase todos os dias do ano, sempre preciso e contido este nosso encontro. Regressam do fundo da memória, outros pôr do Sol, e a desesperança penetra solitária em mim, com vontade de durar. Fico pespontando sonhos e a esperança veste-se de menina, e traz com ela um aroma familiar que ainda me sustenta com seu calor. E todos os momentos absurdos caem em meu esquecimento.
natalia nuno
o céu visto da minha janela...
Que difíceis se tornam as palavras, nos dias difíceis, sobre o amargor dos dias tristíssimos gastos nas obscuras horas olhando o cinzento do horizonte, que apenas nos deixa um sabor nostálgico e um sorriso vencido. De repente olhas-te na superfície dum espelho furtivamente, e apenas vês um sono que te vence, o ar cansado dos velhos, e o lamento que te invade no silêncio, nele, ficas na dúvida se quem te amou ainda te ama, ou se apenas o amor é recordação desse tempo em que tudo fluía e a esperança se cumpria.
natalia nuno