terça-feira, 22 de dezembro de 2020

amar-te...



amar-te é uma doença sem fim,
neste rumor de outono
perco-me a tecer poemas de saudade,
sonho contigo noites infindas sem sono
lembrando nossa cumplicidade.
as minhas tardes são de silêncio vestidas,
de  memórias, na memória consentidas
amo-te inteiramente, fico na saudade
de ouvir a tua doce respiração
e o som do tumulto que vai em meu coração.

amar-te é trazer-te abrigado no peito
é não querer nunca este sonho desfeito,
o teu perfume odora meu pensamento
passo o sonho inteiro nos teus braços
deste sonho me chega o alento
esqueço a idade na entrega dos abraços
fico a olhar as águas do rio, e
na fragilidade trago a vida por um fio, mas,
ainda ardo de afectos e meu céu
de azul se ilumina de mil estrelas, 
o sonho parte mas eu,
vejo-me ainda menina...
sonho nestes meus versos de adolescente
com  delírios e beijos trocados,
dobra a tarde vai o sol no poente
segredos nossos a ninguém segredados.
sabe o destino ao que vim!
amar-te é querer-te mais do que m' quero a mim.


natalia nuno
rosafogo

2 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Amar é sempre amor sem fim
.
Deixando votos de um SANTO E FELIZ NATAL,
extensivo a toda a sua família e amigos/as.

orvalhos poesia disse...

Obrigada Ricardo, desejo igualmente Boas Festas e um Bom Ano.

Meu abraço