quarta-feira, 28 de maio de 2025

perguntas que a mim faço



às vezes encontro respostas
que queria ignorar
a perguntas que a mim faço
ao olhar o rosto,
morto de cansaço

desencadeia-se um nevão
na alma e no coração
as lembranças também fogem
aos dedos de solidão,
fico cativa, como a que não
está morta nem viva!

um sopro de cinza permanente
é a sombra da recordação
que o coração sente,
a saudade dos trinados
das promessas e ardores
desesperados, e desencontrados

mansas lágrimas pelo perdido,
crescem nos olhos como formigas
tantos anos ter vivido!
trago o rosto enrugado
memórias consumidas
de tanto labor, tantas fadigas.

natalia nuno
imagem pinterest


1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

Querida amiga Natália, muita realidade de vida encontro aqui:
"Tantos anos ter vivido!
trago o rosto enrugado
memórias consumidas
de tanto labor, tantas fadigas."
Bem assim nos vemos a uma certa altura da vida.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos de paz