por estreitos caminhos
espreito os céus
sem nenhuma certeza,
apenas um sentimento vazio
e na alma um cinzento frio
soltam-se dos meus dedos
as vogais
e na garganta ficam-se os ais
teço a vida
com um punhado de nadas
gasto o tempo a pensar
no que fiz
os sonhos, são águas paradas
lento desagregar
dum fogo feliz
preciso de florear caminhos
já que a morte neles espreita
minhas mãos são aves
sem ninhos
já nada semeiam estão desertas
uiva a insistência do esquecimento
mas não cala a dor
- do pensamento.
natalia nuno
1 comentário:
Boa tarde de Paz, querida amiga Natália!
Precisamos todos florir...
Os caminhos têm sido estéreis no mundo atual.
Ainda bem que não cara em nós a dor do pensamento.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
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