terça-feira, 3 de dezembro de 2019

frémito de vida...



contenta-te em ser como a folhagem
aproveita a luz que há em ti reflectida
depois virá o tempo com a voragem
que te levará o último frémito de vida

vai bailando como folhas dos salgueiros
na vida que passa como a água e o vento
para trás ficaram as febres dos primeiros
amores, que ainda trazes no pensamento

amaste, mas nunca como a vez primeira
ah...primeira! quem de amor anda perdida
não dormirá por certo a noite inteira...

talvez fosses louca, e lá bem no fundo, o
sonho vão de mulher, lembrança dolorida
com amor, querendo, amar todo mundo.

natália nuno
rosafogo



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