uma das melhores memórias,
era as idas à biblioteca
onde ia para o tempo entreter
velhos livros lia, alguns não
próprios para a idade,
sem recomendação
era o passatempo, uns leves
outros pesados,
alguns ainda lembrados.
custava o aluguer de cada um
cinquenta centavos «cinco tostões»
lidos à luz do candeeiro
enquanto o sono não era pego
era o tempo das ilusões...
era feliz assim
não descansava enquanto
não lhes via o fim
sossegadamente, horas seguidas
lia
e o céu era meu,
e assim o sonho cresceu
e a inquietude me consumia
a tenacidade enlaçava-me
e hoje faço das palavras aprendidas
Poesia!
surgem poemas de saudade
consumidos, quando recordam
tudo o que amei
e momentos por mim vividos
que sempre recordarei!
natalia nuno
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