um não sei quê
que me faz lembrar
deixo-me ir devagar,
- sem apressar!
a desvendar
este mistério que há em mim,
e ao mesmo tempo sentir assim,
o tempo corre
tenho dias que vivo
como quem morre
uma mão cheia de nada
bons momentos e de bem querer?
já nada volta a ser
agora, nenhum sonho é meu
e um não sei quê
que me faz lembrar
que meu céu empobreceu
trago pensamentos a fervilhar
cansada da jornada,
mas minhas mãos, são ainda
alvorada!
e a ti que me lês
não me perguntes os porquês,
há muito para dizer deste meu viver.
natalia nuno