domingo, 29 de junho de 2025

teimosa nostalgia...

teimosa nostalgia
que nunca me abandona,
é dona, de meu recolhido coração
onde não mora a alegria
e a felicidade já pouco pulsa,
na memória é tarde demais, 
apagou-se o clarão
trago agora o olhar preso à solidão.

há uma luz que se instala
no meu frio,
o teu olhar parecendo atento,
olha-me, também ele vazio!

como água clara da fonte
abraço-te com ternura
tocamos o horizonte,
esquecemos a noite escura
claros os silêncios,
insinuas apenas um sorriso
e é tudo o que preciso!

então a morte não se atreve
deixa-nos a sonhar, é saudade
sem saber se deve ou não deve
pressagiar tempestade,

fica nosso céu cristalino
traz-nos um sol, é saudade
e um alento ressuscitado,
eu ainda menina, tu menino,
num passado
que não quer ser apagado.

natalia nuno
rosafogo

1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Natália!
Quando a nostalgia nos invade, a poesia sai substancioso
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos