bateram à porta
e o meu coração pulsou nas paredes
que importa...que importa!
se numa obscura inquietude me vedes?
foram as minhas perguntas
uma e outra vez
lá fora o vento rasgando o ar
como um corcel e na minha pele
um arrepio me percorre
numa oculta linguagem.
bateram à porta
estranha possessão que me prende
e se estende, colocando-me no vazio
silenciando-me na solidão...
como estátua cativa
já nem sei se estou morta ou viva
uma confusa lágrima vai-se perdendo
sem alento, afundo-me no esquecimento
a vida é carta por fechar
a morte a resposta
que tanto queria ignorar
bateram à porta
confundindo os meus sonhos
e eu nem viva nem morta
o que se passa? o que procura?
e na imobilidade dum triste momento
lá fora rasgando o ar o vento...
com força forte e decidida
tal como a morte a levar a vida.
natalia nuno
rosafogo
Fiquei encantada com a forma sentida e bela como escreve. Meus parabéns.
ResponderEliminarOs poetas escrevem o que vai na sua alma e tocam o coração de quem lê.
Irei acompanhar este brilhante cantinho.
Um abraço
Maria
Uma boa surpresa, agradeço imenso suas palavras Maria, fico orgulhosa, por gostar do que escrevo, obrigada pela presença com que me sinto honrada.
ResponderEliminarUm abraço boa semana.