MEUS OLHOS ME CHORARÃO
Abro as janelas dos meus sentidos
Meus olhos se afastam,
já dizem adeus
aos caminhos percorridos,
aos sonhos que foram meus,
à dor que trago nos sentidos.
Já nada sobra da Primavera
Apenas gestos repetidos
neste Inverno.
Quem dera regressar, quem dera!
Nada há para lá dos olhos, à espera.
Soltam-se as palavras da boca
Acaricio lembranças à toa
Migalhas, migalhas, coisa pouca!
Miragens, já que o tempo não perdoa.
Abri a janela dos sentidos
Para que minha alma se enchesse de céu
Para que o vento a abraçasse
com paixão
E soasse aos meus ouvidos
Nesta noite de bréu
Um grito saído do meu coração.
Meus olhos me chorarão!
natalia nuno
rosafogo
palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 22 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
QUANTO TEMPO, QUANTO?
QUANTO TEMPO, QUANTO?
Há quanto tempo, quanto?
Pergunto eu desvairada
Assim se esvai meu encanto
Amparo desta caminhada.
Por onde andam os pensamentos
E esta tristeza que não se cala?
A vida não pode ser só tormentos
Sofro de fé, esta fé que não abala.
Por que destino incerto me perdi?
E os anos, os anos são eles tantos!
Falei de amor, falei de dor, entardeci
Quantos são os anos, quantos?
O tempo é agora de saudade
Tempo que corre da nascente à foz
Já me perdi na idade
Trago entaramelada a voz
Já sou tão pouco, quase nada
Já me apanha o tempo veloz.
Faço um balanço pelo caminho
De todo o passado que vivi
Somo o perfume do rosmaninho
E subraio o que sofri.
Meus versos são minha arma
Já me conhecem de cor
Nada nem ninguém me desarma
Sabem que à vida tenho amor.
Eles são minha linguagem
Há quanto tempo, há quanto?
Fazem de mim mulher coragem
São sonho que eu acalanto.
natalia nuno
rosafogo
Há quanto tempo, quanto?
Pergunto eu desvairada
Assim se esvai meu encanto
Amparo desta caminhada.
Por onde andam os pensamentos
E esta tristeza que não se cala?
A vida não pode ser só tormentos
Sofro de fé, esta fé que não abala.
Por que destino incerto me perdi?
E os anos, os anos são eles tantos!
Falei de amor, falei de dor, entardeci
Quantos são os anos, quantos?
O tempo é agora de saudade
Tempo que corre da nascente à foz
Já me perdi na idade
Trago entaramelada a voz
Já sou tão pouco, quase nada
Já me apanha o tempo veloz.
Faço um balanço pelo caminho
De todo o passado que vivi
Somo o perfume do rosmaninho
E subraio o que sofri.
Meus versos são minha arma
Já me conhecem de cor
Nada nem ninguém me desarma
Sabem que à vida tenho amor.
Eles são minha linguagem
Há quanto tempo, há quanto?
Fazem de mim mulher coragem
São sonho que eu acalanto.
natalia nuno
rosafogo
UMA DECLARAÇÃO DE AMOR
(Poema dedicado a Natalia Canais)
UMA DECLARAÇÃO DE AMOR
Por tudo que me deste
Por tudo que me dás
Por aquilo que não deste e não dás
E eu sonho que podes dar
Humildemente
Só te posso venerar!
Também dás e tiras
Com crueldade
E para sempre
Deixando-me a sangrar…
São ganhos e perdas
Lágrimas e sorrisos
Amor e dor
E nesse antagonismo
Eu caminho
Por caminhos suaves e rudes
Na brisa do empirismo!
Olho o mar…que imensidão…que energia…
Nele me abraço e fico com o sal nos lábios
Carícia empolgante que rejuvenesce…
Olho o rio…como desliza ou corre para o mar
Os olhos captam o belo que me empolga
E ao anoitecer minha alma humedece…
Que dizer das frondosas matas
Das pequenas flores aqui e ali
E do mistério de fecharem
As pétalas quando anoitece?
E o canto dos pássaros
As pinceladas diversas das nuvens
Em farrapos flutuando nos píncaros!
Ah vida!?...
És um manancial propulsor de emoções
Suaves e viscerais…
Fico estonteada pela excentricidade
Dos aromas desiguais!
Tanto tens de sublime para eu usufruir
Que me diminui e me eleva
Que me constrói e destrói
Que é uma energia insofismável
Paixão absorvente
Seiva misteriosa e desconhecida
Ardor envolvente!
O bater do meu coração…
Por tudo eu amo o mistério
Que tu és e serás, e te adoro VIDA!..
Marisa Soveral - jan-2011
Hoje tive esta bela surpresa, da Poetiza amiga Marisa Soveral
fiquei feliz e sem palavras capazes para agradecer.
Obrigada Marisa
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
MEU ENDEREÇO
MEU ENDEREÇO
As ruas, as ruelas
Relembro cheia de nostalgia
As casas branquinhas, as janelas
Transbordantes de vida e alegria.
Haveria tanto a dizer
Sem esquecer nenhum pormenor
Recordo com amor
A aldeia que me viu nascer.
A soleira das casas
Lembro tudo sem pestanejar
É como se tivesse asas
Um perfume estranho
Onde gosto de pairar.
Sonho tamanho
Tal como sonhos de adolescente
Diante dos meus olhos tudo passa
Nos meus sentidos bem presente
Até a graça!?
Das descobertas de então
Dos receios, dos devaneios
E da antiga paixão.
O poço algures, o adro além
Vestígios disto e daquilo
Já vestígios de ninguém.
O teu cheiro,
o orvalho da madrugada,
a praça, o terreiro...
O teu rio entoando melodia
Trago-a no coração guardada
Para ouvir até ao meu último dia.
À minha aldeia.
rosafogo
natalia nuno
As ruas, as ruelas
Relembro cheia de nostalgia
As casas branquinhas, as janelas
Transbordantes de vida e alegria.
Haveria tanto a dizer
Sem esquecer nenhum pormenor
Recordo com amor
A aldeia que me viu nascer.
A soleira das casas
Lembro tudo sem pestanejar
É como se tivesse asas
Um perfume estranho
Onde gosto de pairar.
Sonho tamanho
Tal como sonhos de adolescente
Diante dos meus olhos tudo passa
Nos meus sentidos bem presente
Até a graça!?
Das descobertas de então
Dos receios, dos devaneios
E da antiga paixão.
O poço algures, o adro além
Vestígios disto e daquilo
Já vestígios de ninguém.
O teu cheiro,
o orvalho da madrugada,
a praça, o terreiro...
O teu rio entoando melodia
Trago-a no coração guardada
Para ouvir até ao meu último dia.
À minha aldeia.
rosafogo
natalia nuno
SOLTO A ALMA
SOLTO A ALMA
Sonhei que meu livro da memória
se fechava...
E o céu passava de azul a vermelho
e sangrava.
Os amores perfeitos e as violetas
continuavam no jardim,
E me procurava, mas nada sabia de mim.
Tudo é tão vago e tão breve
Saio do sonho à procura
Ansiando que me seja leve
O limite dessa brevidade.
O tempo já nada cura
E só me permite a saudade.
Não sei se foi de tarde ou era aurora
Ou de noite que sonhei em desatino
Mas lembro do sonho agora
Da certeza que é senhor do meu destino.
As violetas continuam no jardim
Os amores-perfeitos pulsam-me nas veias
Só não sei pra onde vou, e de onde vim?
Sonho utópico, envolto em teias.
natalia nuno
rosafogo
Sonhei que meu livro da memória
se fechava...
E o céu passava de azul a vermelho
e sangrava.
Os amores perfeitos e as violetas
continuavam no jardim,
E me procurava, mas nada sabia de mim.
Tudo é tão vago e tão breve
Saio do sonho à procura
Ansiando que me seja leve
O limite dessa brevidade.
O tempo já nada cura
E só me permite a saudade.
Não sei se foi de tarde ou era aurora
Ou de noite que sonhei em desatino
Mas lembro do sonho agora
Da certeza que é senhor do meu destino.
As violetas continuam no jardim
Os amores-perfeitos pulsam-me nas veias
Só não sei pra onde vou, e de onde vim?
Sonho utópico, envolto em teias.
natalia nuno
rosafogo
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
FELICIDADE
FELICIDADE
Felicidade
Perdi-te no caminho
na curva dos anos,
leváste descaminho
Por entre enganos
e desenganos,
encantos
e desencantos.
Tanto tempo e tudo parece perfeito
Lembranças na memória guardadas
História, de vidas passadas
Que vou rememorando do meu jeito.
Tudo mais longe vai ficando
Perdi-te e quando dei por mim
Já era tarde!
Hoje vou calando
a saudade...
Talvez valha a pena
SIM!
Parar para te encontrar
e me deixares serena
Nesta teimosia de sonhar
Contigo felicidade!
Do sonho faço minha realidade.
natalia nuno
rosafogo
Felicidade
Perdi-te no caminho
na curva dos anos,
leváste descaminho
Por entre enganos
e desenganos,
encantos
e desencantos.
Tanto tempo e tudo parece perfeito
Lembranças na memória guardadas
História, de vidas passadas
Que vou rememorando do meu jeito.
Tudo mais longe vai ficando
Perdi-te e quando dei por mim
Já era tarde!
Hoje vou calando
a saudade...
Talvez valha a pena
SIM!
Parar para te encontrar
e me deixares serena
Nesta teimosia de sonhar
Contigo felicidade!
Do sonho faço minha realidade.
natalia nuno
rosafogo
NOSTALGIA FERIDA
NOSTALGIA FERIDA
Rodopia o vento e leva
Cegas as folhas no ar
Não há sonho a quem se deva
Tristemente um acenar.
Com a mágoa que me molha a face
Sonho contigo
Como se no teu coração habitasse
Mas é ilusão pra castigo.
O que no silêncio trocamos
è como a folha caída
E sempre que nos amamos
Tudo em NÓS é despedida.
Já o tempo me agarra e não larga
Já me perco do assombro de viver
Ainda serei tua amada?
O resto?! O resto é nada!
Que acabará por morrer.
O Inverno traçou os dias
Bate o vento nas vidraças
Nada me aquece nas noites frias
Nem teus braços quando me abraças.
natalia nuno
rosafogo
Rodopia o vento e leva
Cegas as folhas no ar
Não há sonho a quem se deva
Tristemente um acenar.
Com a mágoa que me molha a face
Sonho contigo
Como se no teu coração habitasse
Mas é ilusão pra castigo.
O que no silêncio trocamos
è como a folha caída
E sempre que nos amamos
Tudo em NÓS é despedida.
Já o tempo me agarra e não larga
Já me perco do assombro de viver
Ainda serei tua amada?
O resto?! O resto é nada!
Que acabará por morrer.
O Inverno traçou os dias
Bate o vento nas vidraças
Nada me aquece nas noites frias
Nem teus braços quando me abraças.
natalia nuno
rosafogo
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
ARAGEM
ARAGEM
É fina aragem que corre
A vida,
me persegue numa pressa amarga
Já o sorriso em mim morre
Com este tempo que não me larga.
Como flecha me mata
Me tira do meu encantamento
Tempo que não ata nem desata
Me destroça,
e me deixa em desalento.
Diáriamente invento uma alegria
Retiro qualquer pedra do caminho
E procuro de ti uma carícia
Um momento íntimo, um carinho.
Já o desânimo me cerca
Quase o nada me aniquila
Já o tempo faz com que me perca
Minha visão me mutila.
Assim vou fazendo a travessia
Deserto e mais deserto
Já se me priva o dia
Já a noite vem por perto.
natalia nuno
rosafogo
É fina aragem que corre
A vida,
me persegue numa pressa amarga
Já o sorriso em mim morre
Com este tempo que não me larga.
Como flecha me mata
Me tira do meu encantamento
Tempo que não ata nem desata
Me destroça,
e me deixa em desalento.
Diáriamente invento uma alegria
Retiro qualquer pedra do caminho
E procuro de ti uma carícia
Um momento íntimo, um carinho.
Já o desânimo me cerca
Quase o nada me aniquila
Já o tempo faz com que me perca
Minha visão me mutila.
Assim vou fazendo a travessia
Deserto e mais deserto
Já se me priva o dia
Já a noite vem por perto.
natalia nuno
rosafogo
VER-TE AGORA
VER-TE AGORA
Onde estás que às vezes não te vejo
Sou eu que finjo não te ver?
Sei que estás ao meu lado e te beijo
A tua mão na minha sem se desprender.
Tão tranquilamente espero por ti
Desespero se não me dizes nada!
Dormes no meu peito, bem senti
Vens e vais sem data marcada.
Queria ter-te comigo ao acordar
Ali onde a noite finda e o dia vai nascer
Abrir para ti o coração de par em par
Mergulhar em ti e de amor morrer.
Sou eu que finjo não te ver?
Nasce uma lágrima escura
Negra como esta hora morta
Renasce em nós de novo a ternura
Bate-nos o amor à porta.
rosafogo
natalia nuno
Onde estás que às vezes não te vejo
Sou eu que finjo não te ver?
Sei que estás ao meu lado e te beijo
A tua mão na minha sem se desprender.
Tão tranquilamente espero por ti
Desespero se não me dizes nada!
Dormes no meu peito, bem senti
Vens e vais sem data marcada.
Queria ter-te comigo ao acordar
Ali onde a noite finda e o dia vai nascer
Abrir para ti o coração de par em par
Mergulhar em ti e de amor morrer.
Sou eu que finjo não te ver?
Nasce uma lágrima escura
Negra como esta hora morta
Renasce em nós de novo a ternura
Bate-nos o amor à porta.
rosafogo
natalia nuno
domingo, 16 de janeiro de 2011
UM POUCO SEM NORTE
UM POUCO SEM NORTE
Que sentido faz tudo isto?
Suspendo minha respiração
Não vou chorar
Aperto os lábios e com sorte
Talvez não!
Sinto-me desiludida
Um pouco sem norte!
Talvez de loucura acometida
Sou Poeta, vivo e sonho de outra maneira
Com palavras penso tudo conseguir
À poesia me dedico por inteira.
Esqueço a dor, deixando até de a sentir.
Às vezes me sinto ameaçada
Não me obriguem a calar
Que a vida segue em debandada
E por aqui não quer parar.
A melancolia cola-se à vida
Se choro de noite, sorrio de dia
Aguardo a sentença temida.
Dum relógio perfeito que me vigia.
A palavra hoje me queima
E meu coração sem respostas
É o meu sentir que teima
Que ao tempo vire as costas.
A ilusão é o bálsamo que me anima
Deixa-me voar como ave sem paradeiro
À palavra tenho estima,
É ela o meu bem derradeiro.
rosafogo
natalia nuno