segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ARAGEM

ARAGEM

É fina aragem que corre
A vida,
me persegue numa pressa amarga
Já o sorriso em mim morre
Com este tempo que não me larga.
Como flecha  me mata
Me tira do meu encantamento
Tempo que não ata nem desata
Me destroça,
e me deixa em desalento.

Diáriamente invento uma alegria
Retiro qualquer pedra do caminho
E procuro de ti uma carícia
Um momento íntimo, um carinho.
Já o desânimo me cerca
Quase o nada me aniquila
Já o tempo faz com que me perca
Minha visão me mutila.

Assim vou fazendo a travessia
Deserto e mais deserto
Já se me priva o dia
Já a noite vem por perto.

natalia nuno
rosafogo

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