palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
onde deixei a lembrança?...
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
entrega...
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
o tempo nos toca... pequena prosa
penso em como a felicidade nos fortalece, e a dor nos enfraquece à medida que o tempo passa...ver os filhos e os netos tornarem-se homens e mulheres, faz-nos abolir do pensamento a passagem do tempo , faz-nos perder a noção que ele passa e não perdoa, tocando-nos com a sua mão invisível, e quando nos apercebemos, os anos felizes e descuidados passaram, são agora como um rosário de penas rezadas.
natalia nuno
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palavras na hora...
o silêncio do meu inverno...
domingo, 5 de outubro de 2025
meus olhos d'hoje e de amanhã...
poema só para mim...
deixa-me sonhar...
não m'acordes do sonho
nem me retires a ilusão
se o amor é vivo,
- risonho,
sonhos vão, outros virão!
tristes, imóveis, parados
cansados andam meus olhos
e de lágrimas marejados,
da saudade que em mim sinto,
olhando atrás por instinto
esta saudade eu combato
ponho-me a pensar em ti
agonia não desato,
de tanto lembrar de ti
eu já de mim me perdi!
natalianuno
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sexta-feira, 3 de outubro de 2025
os dias da flor...
- surgiu o dia em ebulição, aí senti um desejo doce, não era de vinho, nem de pão, mas a alegria obtida de me sentir de novo eu, do véu que envolve a memória trazendo-me o sonho, e de novo os dias da flor, eis-me viva com o peito a arfar, neste encontro com a que de mim se perdeu, e a manhã fica mais rosada e fresca a terra e o céu...é a recordação que sempre me acode, restitui-me um pouco de alegria enquanto a vida é neve ao sol....
memórias rimadas...
rumo...
domingo, 28 de setembro de 2025
destino...
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
sou o tempo que em mim perdura...
terça-feira, 23 de setembro de 2025
murmúrios da noite...
parte de mim...
a solidão refugiou-se no meu peito,
partilha comigo o tempo,
acomodou-se,
e agora passámos a andar de mãos dadas
emoções dentro de mim
dão conta da minha conduta,
um dia me sinto demasiado nova,
outro demasiado velha,
e lá se vai meu equilíbrio, minha harmonia,
aqui delinearei parte de mim, dia a dia
e escreverei do passado sem pretensão
e estados de espírito no presente,
deste meu coração.
natalia nuno
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rente ao mar...
hoje o mar alterou-se, sabe-se lá porquê...
ficou paranoico, avassalador,
mas depois, deixou-nos a fúria
- de o amarmos em liberdade,
mais tarde passou-lhe a cólera
e veio-nos beijar com paixão, e delicadeza,
e ali mesmo fiz um verso e foi o desvario
com frio,
nele adormeci o sol ,
coloquei cigarras a cantar nos canaviais
e acreditei
que era verdade o sonho que eu, o mar e o sol sonhávamos...
natalia nuno
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sexta-feira, 19 de setembro de 2025
ao tocar a noite...
música de outono...
no patamar da noite
fecham-se flores no jardim
e eu recebo a SAUDADE em mim
esse preciso sentimento
que tudo torna presente
traz música de outono
ao pensamento
e amortalha os ais que o coração sente.
na nostalgia da tarde, há rosas
que chamam por mim
lembranças sem fim,
-ouço-lhes a voz!
e o silêncio torna-se profundo
a noite espreita,
imensa é escuridão
minha vontade, numa esquiva hesitação
é pássaro cansado da viagem,
sem asas, nem ramo
- onde se abrigar!
sobrevive a esperança do amor
o poder tocar.
natalia nuno
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segunda-feira, 15 de setembro de 2025
quando o mundo pára...
e lá vem o calor,
de mais um abraço
na boca o sabor, o sabor do beijo
no corpo o cansaço
o último estertor sai-nos da garganta
e um pássaro esvoaça na retina
tudo nos encanta, sou tua menina.
o tempo agrediu-nos, tanto devorou
mas o amor saiu ileso, sobreviveu,
é lâmpada que não se apagou
natalia nuno
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palavras redimidas...
o que vira depois?...
perguntei-te outro dia
o que acontecerá aos dois
vivendo, sem mim vivias?
e o que virá depois?
talvez juntos não caminhemos
talvez a vida imponha separação
mas de amor juntos viveremos
unidos pelo coração...
natalianuno
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sorrisos aos molhos...
nosso amor é loucura
é aroma que embriaga
que importa se é maior a ternura
doce prazer que nos afaga
é amor de perdição
pra mal dos nossos pecados
não quer saber da razão
traz-nos tão enamorados
este amor tão verdadeiro
que me traz assim tão louca
tem do alecrim o cheiro
o beijo da tua boca
vamos assim vida fora
trazemos sorrisos aos molhos
no silêncio desta hora
nos teus ponho meus olhos
amor que é mar embrabecido
que não se dá por vencido...
natalia nuno
12/2007
aldeia Sta Justa
rabiscos...
vidas serenas, solitárias e doridas
do trabalho árduo...
a minha memória demora-se um pouco a lembrar,
a roupa estendida a secar ao sol,
a louça lavada num alguidar de barro,
- o outono e os seus langores,
- as casas do lado de lá do rio,
as pequenas ruelas estreitas e tortas,
as gentes cansadas ao anoitecer
- sentadas nas soleiras das portas,
estas imagens ajudam-me a negar que tudo morresse...
natalia nuno
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rabiscos...cordão umbilical...
cordão umbilical
e tudo se cumpriu, mas não como nos sonhos daquela menina de silhueta magra, a miúda da minha memória que se agarra a mim, e parece não querer cortar o cordão umbilical que nos une, garota que parece ter adormecido com o rosto entre as mãos, gostava de a poder reconfortar, mas os nossos silêncios são mistérios que tecem memórias, onde o sol começa a desaparecer...
natalia nuno
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sábado, 13 de setembro de 2025
coisas de poeta...
como rio em busca do seu leito...
domingo, 7 de setembro de 2025
desejo...
tão pouco...
rabiscos....
amo a luz
quando o sol dorme,
adormece o coração,
amadurece a escuridão
e, eu que amo a luz,
acalento-me na esperança duma nova madrugada
logo a minha alma respira
e o coração bate
no desejo de ser amada...
natalia nuno
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rabiscos...
vai-me levando assim.
- tropeço por fim!
passam por mim pássaros chilreantes
a alegrar meu coração sonhador
e não perdedor,
por alguns instantes...
natalianuno