chegou quando sonhava
um som, à minha janela
era o inverno em segredo chegava
com uma carta de recordações
com palavras calando
nostalgias e cegas ilusões
num instante soube
que era a dor selvagem
dum grande vazio
débil a minha voz de frio
meu sentir,
foi um clamor apagado
o corpo quebrado.
onde deixei a branca primavera
o verão estonteante
e o fervoroso outono?!
lembro agora:
extraviados, num percurso
já distante
prementes sonhos, frio e nostalgia
despeço-me de outubro
e de saudade me cubro
até um dia.
natalia nuno
Passam os tempos e como muda o que sonhamos.
ResponderEliminarBelo poema amiga e que a esperança seja sempre
nossa mola, nossa parte mais que linda.
Abraços e feliz semana.