é como um velho rio
sem história
esquecido, sem saber pra onde vai
de águas submissas
já sem memória
depois de longa viagem
atravessa a vastidão
a chuva aumenta o caudal
do seu pesar. e os sulcos no rosto
são bem traçados de solidão
inventa-se rio cristalino
como outrora
e regressa ao fundo da memória
fica o coração sem tino
é rio sem história!
a vida persiste
até ao último tremor
abatida às vezes na fragilidade
mas com a firmeza que ainda existe,
sonhos, são remoinhos d'águas claras
nas lembranças da tarde.
natalia nuno
imagem pinterest
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