o tempo vai tecendo suas teias
suga-me a memória e as ideias,
fico descuidada e só
girando nas lembranças
vêm a mim imagens ditosas
e desato mais um nó.
passa a brisa do salgueiro
o riso do amanhecer, o rio a correr
e tudo o que amanhece vive em mim
belo, assim, da vida para a vida.
meus olhos são bagos maduros
trago neles o peso dos dias
e o desassossego dum silêncio
ensurdecedor, no coração
o fogo retido dum grande amor.
afundo o olhar, para querer decifrar
o que ainda me sustém,
se o tempo sem memória
ou o que ainda à memória me vem.
natalia nuno
rosafogo
Excelente poema. Obrigada pela partilha!
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A Vontade de lá voltar...
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Beijo, e um excelente fim de semana,
Olá, querida amiga Natália!
ResponderEliminar"Girando nas lembranças vêm a mim imagens ditosas e desato mais um nó."
Perfeito, assim ocorre em nosso espírito resiliente.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos