quinta-feira, 8 de julho de 2021

digo-te adeus...



trago um sonho fechado,
 na palma da mão
enquanto fecho as pálpebras,
 para sossegar o sono, ilusão
julgo-me adormecida deixo-me neste abandono,
 na ternura e no enleio
afastei a cortina, cá dentro a saudade 
da tua voz a enlear-me por perto, e meu anseio
meu coração um deserto
digo-te adeus, o tempo destrói 
e a saudade dói!
lá fora florescem os cardos
a lembrar o S. João
ergo minha mão
digo-te adeus e sinto-me só
fica a tua imagem
na garganta um nó
e o sonho é agora frágil miragem.

hoje todo o céu arde
e eu sem ti neste vermelho ardente
embriago-me com o perfume da tarde
e penso em ti docemente...

natalia nuno
rosafogo
02/2002



3 comentários:

  1. Boa noite de serenidade, querida amiga Natália!
    Pensar no outro docemente é para corações puros e sensíveis.
    Mais um poema com toque de flores e perfume de alma poética.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos carinhosos e fraternos de paz e bem

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  2. Caros amigos, estive sem computador, entretanto comprei novo dado o outro levar alguns dias a arranjar, caso convenha o arranjo ainda aguardo. Fico grata pelos comentários, beijinho e bom fim de semana.

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