a mente não lhe dá tréguas, segue sozinha seu caminho,
no peito leva lamentos que ninguém entende,
se ao menos a escutassem poderia ser feliz,
o coração chama acesa, mas o destino não quis,
arroja-se nas palavras onde a saudade enfrenta,
às vezes tempestade no pensamento, e assim vai suspirando, sonhos, desejos e lamento, o olhar contas de vidro baço,
de dor cheia, desenleia a recordação dum abraço... o rosto cansado onde o sol já se deita,
o sorriso já deita a fugir à tempestade,
e a mente sem tréguas não lhe dá paz...
conta as horas do tempo que lhe foge,
a esperança que era verde e já se perde,
é tarde desvanecem-se os sonhos,
as lembranças são instantes perdidos,
olha as últimas nuvens no céu, as aves andam distantes,
as amarguras do dia são delírios de chuva a tocar o poente,
e na sua mente a maré grande da melancolia,
a terminar seu dia.
natalia nuno
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