canto eu e canta o vento nos canaviais
e de quando em quando vem a chuva e canta mais
eu um chilreio de menina,
ele uma canção peregrina
e assim se abrem as portas do meu olhar
em mais um contacto com a natureza
e haverá maior beleza?
o eterno sol, pode morrer-se em paz
retenho minhas asas, voar já não sou
capaz!
mas ao olhar a vastidão
e ver me menina e moça
enche meu íntimo louco de emoção
procuro que alguém me ouça
pois palavras não ouvi
senti que morri...
calou-se a chuva e o vento
já não há mais cantoria
isto de ser lírico eu alimento
nesta minha escrita dia a dia
ninguém deu por mim feliz
cantando de coração aberto
mas há um pássaro que me diz
que a saudade anda por perto
atravessou os tempo este amor
que é ave de luz em mim pousada
é meu céu azul, ainda conserva a cor
que me faz esquecer a longa caminhada.
natalia nuno
rosafogo
imagem pintarest
Sem comentários:
Enviar um comentário