este tempo que asfixia
que morre ao lusco-fusco
sem sol, sem risos, sem alegria
dias de amargor, tempo brusco
nem o céu tem côr
nem a vida mais oportunidade
floresce a dor e a saudade.
há flores a chorar p'los jardins
e rostos de olhos baços,
não florescem os jasmins
nem entrelaçam nossos braços.
não há pomba que traga a paz
anda por aí o sonho ausente
chorar ou não, já tanto faz!
chega a morte com a voz estridente.
remoto fica o passado,
resigna-se o presente
o futuro já não há quem o sustente.
ferido e inseguro, passa e trespassa
a alma de quem padece,
tempo abrupto, que ninguém jamais esquece.
natalia nuno
rosafogo
imagem pinterest
ResponderEliminarPoema de uma beleza encantadora. Deliciei-me a ler.
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Abraço
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada Ricardo...bom fim de semana.
ResponderEliminarabraço