vamos passando os dias a sonhar, vamo-nos rindo nos momentos de ilusão, e há momentos em que cismamos que havemos de ser felizes, é que nem sempre a felicidade está presente...então, tomei ao tempo um tempo para sonhar, sem deixar que ele perturbe os meus sentidos para poder na poesia soltar o que me vai na alma...minha história é tão antiga que algumas coisas já esvaziei da memória, sou então como uma jarra antiga onde as flores foram morrendo enquanto o pó foi crescendo sobre os móveis, agora tenho o rosto enrugado e a solidão me pegou.. mas, neste tempo que tomei ao tempo vou arrumando sentimentos e deixo que a tarde caia sobre mim, tomo o atalho do meu coração que me leva às lembranças, revisito os cantos da minha aldeia e sinto-me uma andorinha acabada de chegar, trazendo nos olhos a primavera... vou descalça para não chegar tarde, que o sol está a cair, já avisto o vermelho dos telhados, ouço o eco dos sinos, e ao longe avisto o verde dos frondosos salgueiros da beira rio...já ouço o ladrar do cão, dando sinal que alguém está para chegar, ele que foi testemunha da minha alegria de criança, lá está o portão que ainda chora o meu adeus, não sei se entre!? é que as paredes do meu quarto devem ter humidade, o tempo não se esquece de fazer danos, mas a saudade obriga-me a entrar, dou volta à chave, lá está a minha cama estreita, nela já ninguém se deita, abro a janela espreito por ela o rio que canta a mesma melodia, ele me olha como se visse ainda a menina esguia que nas águas se banhava... lá ao lado a horta, que eu pensava estar morta de sede, e qual não é a minha surpresa, meu pai a regar, olhou-me, e afagando-me com o olhar, deixou-me saudosa no tempo...
"" O sonho comanda a vida ""
ResponderEliminarO resto é palha que arde sem se ver. Gostei muito deste seu texto
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Feliz fim de semana
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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